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chap1

Televisão, seja onde for, significa antes de mais consumo, passividade, apatia. O estremecimento espiritual gerado no telespectador é meramente emocional. Hábitos criados refrescam-se pela agitação mental e consolidam-se num estado, num patamar, superior, mais forte. O consumo cavalar de futebol, telenovelas e cristinas-ferreiras mexe paixões e o telespectador tocado com desprezo, na sua condição de objecto consumista, só pode acabar na fossa de uma prostração bovina. Menosprezado, abusado, maltratado, daí à ansiedade e à depressão é pulinho de pardal. Admira-me que as televisões na sua crapulice publicitária ainda se não tenham aproximado das indústrias farmacêuticas, exigindo-lhes a sua quota-parte pelos serviços prestados.

A apanha de conchas nas areias das praias, o cultivo de couves numa horta de autoestrada ou o zelo de uma campa anónima num cemitério abandonado é espiritualmente mais enriquecedor do que estar a ouvir a arenga de uma cristina ferreira. Mas, claro, isto sou eu cá comigo enquanto espero pelo pau que atirei para longe para ver o meu cão feliz.

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